Há momentos neste mundo
durante a vida inteira
que toda pessoa comete
seus minutos de "besteira".
Hora fala o que não deve
às vezes por brincadeira
e só depois se dá conta
de que cometeu asneira.
Pois foi isso que se deu
há poucos dias atrás
com o cantor Sérgio Reis
que lhe tem tirado a paz.
Talvez não soubesse ele
que se daria tão mal
agredindo o STF
e o Senado Federal.
Por certo exagerou
naquela ocasião
ao lado de companheiros
lhe dando sustentação.
Se viu um representante
da sociedade civil
chegando a vislumbrar
paralisar o Brasil.
Defendia o voto impresso
como uma solução
pra se ter maior lisura
em dia de eleição.
Sobre o Congresso e Supremo
falou em dar ultimato
e quando o áudio "vazou"
não ficou bem no "retrato".
(Porque conforme se dá
na Corte, a "formação"
passível é se criticar
a sua composição.
Pois num país de corruptos
de eleitor a Presidente, Ministro por este indicado
jamais é independente).
Já entra devendo favor
por sua indicação
sendo o cargo vitalício
é outra aberração.
Justiça cai em descrédito
comprometendo a imagem
de um país decadente
onde há tanta bandidagem.
Sérgio Reis falou e disse
talvez como "porta-voz"
do que está "entalado"
dentro de muitos de nós.
Acaso cometeu crime?
- agora pergunto eu...
- porque só botou pra fora,
o que é direito seu.
Ele que também outrora
até já foi deputado
dizem que os seus salários
quase sempre eram doados.
Na Câmara Federal
mostrava ser respeitado
mesmo sendo "baixo clero",
contudo, era honrado.
Sabe-se que Sérgio Reis
não buscou se reeleger
talvez não fossem seu foco
as benesses do poder.
Pois é comum em políticos
compor os seus ideais
com o entrar pra vida pública
e não sair nunca mais.
Dizem até que foi parceiro
do Dr. Henrique Prata
no Hospital de Barretos
construído há longa data.
Um estabelecimento
com trabalho social
no tratamento do câncer
que é tão terrível mal.
O cantor perdeu "Contratos"
com contatos importantes
devido à repercussão
de ações pouco pensantes.
Supõe-se que por um tempo
desses momentos em diante
Sérgio Reis não tocará
o inseparável berrante.
(Este humilde poeta
é um "João Ninguém" n vida
mas defende injustiçados
com sua língua comprida.
Em quase todos "sertanejos"
faltou solidariedade
com quem foi defenestrado
sem haver necessidade).
Somente "gatos pingados"
deram os ares da graça
pra evitar que o colega
não ficasse mal na praça.
Porém, ele já ficou
agora não tem mais jeito
porque parece difícil
desmanchar o que tá feito.
Mas teve a humildade
de a todos pedir perdão
e que se ofensa houve
não foi sua intenção.
(Havendo arrependimento
não tem alma dolorida
"atire a primeira pedra
quem nunca errou na vida").
Um "Coração de Papel"
há de ter o seu direito
de às vezes se revoltar
quando há falta de respeito.
Talvez foi o que se deu
com o grandalhão Sérgio Reis
o qual nessa confusão
virou a bola da vez.
Um Sérgio Reis deprimido
arrependido de tudo
tristeza a indicar
que seu cantar ficou mudo.
Oxalá não aconteça
que com essa brincadeira
não mais tocará berrante
pro "Menino da Porteira"!
(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.
Amigo valdecy, parabéns pelo texto. Forte abraço!
meu querido amigo Lindinho Valdeci, amo seus versos.
Olá meu ilustre amigo Valdeci, falo pelo gosto que tenho pelos seus versos de grandes, belas e cristalinas mensagens. Sou seu fã. abraço.
Muito bom! Amigo sanfoneiro.
Parabéns valdecy,belas palavras,neste Brasil quem tem valor são os políticos corruptos,quando um honesto vala verdade,e apedreijado e punidos...
Realmente, foi muito bem retratado o episódio. O cantor quis colocar o seu prestígio, aliás inquestionável, a serviço das diatribes do mais incompetente Presidente da história. corre o risco de ser um "novo Simonal".
Belas palavras Valdecy
Sergio Reis,um grande cantor porém,foi muito infeliz e irracional no seu comentário.Com esse comentário ele incentiva a violência,a falta de respeito e mostrando que se resolve o que ele não concorda é botando pra quebrar, não é assim.
Não tocará mais o berrante pro menino da porteira e nem a gaita para o filho adotivo.