A história do urbanismo goiano, digo, da capital Goiânia já está na sua (quase) "adolescência", se observamos a história urbana de algumas grandes cidades da União, à exemplo soberbo, temos a capital Paulista, São Paulo fundada em 25 de janeiro de 1554, já com seus 467 anos.

 Goiânia como capital foi fundada em 24 de outubro de 1933, há exatamente 88 anos, portanto muito nova, mas se impõe na geografia política, cultural e financeira, como uma cidade próspera e notória na tecitura antropocêntrica dos grandes centros do Brasil.

Somos mais de um milhão e meio de habitantes, que transitam por essa cidade repleta de parques públicos, de um verde exuberante, de uma gente acolhedora, curiosa de todas as tribus, adeptas das múltiplas crenças e receptivas dos eflúvios artísticos e culturais de nossos escritores, poetas, artistas, cantores, atores etc.

 Eu vejo a vida passar, e sempre com um olhar atento na história humana pela ótica da sua militância artística, e por consequência suas paragens culturais, assim, quero mais uma vez falar de Goiânia, pela sua expressão artística, no que tange esse momento de comemoração de seu aniversário de oitenta e oito anos, nesse ensejo, festejada por uma parcela significativa de seus artistas visuais, que através de suas visões subjetivas, realizam uma exposição de larga escala, estampada em grandes outdoors, espalhadas pelas ruas da capital; trata se de uma iniciativa da SECULT Municipal, que tem o apoio irrestrito da AGAV-Associação Goiana de Artes visuais, para legar esse presente à população que transitam nas ruas da capital, são 88 painéis contendo o trabalho dos oitenta e oito demiurgos dessa associação, e estarão em pontos visíveis no espaço público da urbe, de 24 de outubro à 24 de novembro de 2021.

É uma exposição coletiva, produzida para ser vista de passagem, pelo espectador que eventualmente não tem o hábito de frequentar espaços de pinacotecas, galerias de arte e logradouros dessa natureza, mas, serve ao deleite retiniano do amante da boa arte produzida em nosso meio artístico, é uma exposição democrática no senso amplo da palavra, na qual tem um espírito lúdico, didático... sofisticado.

 Este é um momento único, oportuno, e traz poesia visual à população da capital Goiânia. Parabéns à cidade e sua gente.

Nonatto Coelho

Artista e pesquisador