Numa ordem alfabética

de boa indicação

começa por Alagoas

minha peregrinação.

Apresentar um CORDEL

um tanto inusitado

de conteúdo poético

meio diferenciado.

Na Capital Maceió

tenho um casal de amigos

pela longa convivência

lembranças trago comigo.

SECULT Estadual

numa troca de cultura

eu tenho, a essa altura,

o meu foco principal.

Não vou dizer os seus nomes

não tenho autorização

é só para registrar

a minha satisfação.

Capital de lindas praias

Ponta Verde e do Francês

quão bom se lá estivesse

em todo final de mês.

De Alagoas sigo então,

direto a Salvador

visitar pontos turísticos

Pelourinho, sim, senhor.

Terra rica em cultura

terra de Caetano e Gal

além de outros artistas

de renome nacional.

Miscelânea cultural

seja-me dado postar

tudo junto e misturado

para ver no que vai dar.

Se a verdade absoluta

é algo pouco concreto,

não ser dono da razão

é o que se tem por certo.

Pois tudo é relativo

e é bom que assim seja

alguns gostam da MPB

já outros, da SERTANEJA.

Moça com véu e grinalda

se casando numa Igreja

pode ser que seja virgem,

mas pode ser, que não seja.

Em Goiás saúdo gente

ou presente, ou já "idos"

pelo que fez ou que faz,

é tributo merecido.

Salve, Cora Coralina,

da velha "Casa da Ponte"

às margens do Rio Vermelho

de tão longínquo horizonte.

E salve, oh nobre Maria

do Rosário Cassimiro

ex-reitora da UFG,

pessoa que admiro.

No antigo Projeto Rondon

coincidindo com a gestão,

em Picos, no Piauí,

teve importante ação.

Gilberto Mendonça Teles

e José Godoy Garcia,

Afonso Felix de Sousa,

um belo trio, eu diria.

São nomes bem consagrados

na CULTURA em Goiás

perdoem, caros leitores,

se deixei outros pra traz.

A bênção, Bernardo Élis,

que até foi meu professor

"Veranico de Janeiro"

seu trabalho promissor.

E salve, Amilton Carneiro,

com o seu "Frutos da Terra"

não se podendo esquecer,

Luiz Rocha, no DF.

Um caipira/sertanejo

a cultura divulgando

tendo marca registrada

Zé Mulato & Cassiano.

Salve, Bariani Ortêncio,

já nos seus quase 100 anos

o Bazar do Valdomiro

continua soberano.

Salve, grande João Veloso,

programa "Na Beira da Mata"

se esqueci demais artistas,

fica pra próxima etapa.

Mas, salve, Clarindo Rodrigues,

do mundo dos radialistas

que enxerga com os "olhos de Deus"

depois que perdeu as vistas.

Depois de eu ter divagado

tal qual viajor errante

volto agora ao mesmo ponto

onde parei há instantes.

Vou retornar à Bahia

continuar saudação

com este CORDEL diferente

minha modesta invenção.

Oh, terra de Rui Barbosa,

Castro Alves e tantos mais

teria eu nascido lá

se não fosse em Goiás?

Vou saudar uma uma família

na cidade de Jussara

terra que me viu crescer

oh, saudade que não sara.

Região de Caculé

no Sudoeste baiano

outrora, solo sagrado

de quem eu estou falando.

Saúdo a família BONFIM

na cidade de Jussara

um rincão abençoado

com tantas belezas raras.

Seu Elviro de d. "Loura"

foram pais da irmandade

prole de 13 irmãos

compondo a sociedade.

No setor agropecuário

e outras atividades

comércio tradicional

daquela localidade.

É um clã que se destaca

por respeitabilidade

educação esmerada

sem perder a humildade.

Saúdo a todos baianos

residentes em Goiás,

em nome dessa família

que boas lembranças me traz.

E, voltando ao ABC,

vou falar de CEARÁ

terra de Antônio Bandeira

um pintor bom pra "danar".

Alberto Nepomuceno

"pai" da música erudita,

convido Belchior e Fagner

pra ficarem bem "na fita".

Literatura do Estado

tem autores consagrados

Patativa do Assaré

sempre deu o "seu recado".

Dá-lhe Rachel de Queiroz

Se postando lado a lado

com o grande Adolfo Caminha

merecem ser respeitados.

Eu tenho a caneta solta

se é para criticar

mas tenho coração nobre

na hora de elogiar.

Por estas e outras coisas

estou aqui pra informar

o título da minha obra

será "DITO SINGULAR".

A quem quiser comprar meu livro

uma DICA já vou dando

basta que me envie SELF

de CESTA BÁSICA doando.

Mediante o comprovante

o exemplar vou enviando

prontamente autografado

e nos Correios postando.

A quem lava carros na rua

e ao catador de papel

seja dada a Cesta Básica,

peço ao meu leitor fiel.

E ao vendedor ambulante

nos sinaleiros da vida

no mesmo diapasão,

peço dar igual guarida.

Introduzo no país

CORDEL meio diferente

modus operandi próprio

pra falar da minha gente.

Alô, todos cordelistas,

do admirável Nordeste,

acolham Valdecy Borges,

um novo "cabra da peste".

Peço desculpa ao leitor

se muito exagerei

com um texto tão extenso

tal-qualmente laborei.

Mas, poeta é assim mesmo,

espero ser perdoado

alma em estado de graça

por ter homenagens prestado!

(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.