Este humilde cordelista
Q traz a poesia nas veias
Tende a escrever sobre tudo
Q possa lhe dar "na teia".
Desde sábado passado
Não cabe em si de contente
Pela boa interação
Que teve com tanta gente.
O homem é ser pensante
Vivendo em sociedade
Carente de relação
Com a coletividade.
Daí, nasce o sentimento
De se sentir à vontade
Medida q o tempo passa
E constrói nova amizade.
Preciso falar de alguém Já pela 3a vez
Sendo mais uma homenagem
Que faço com altivez.
Alguém que outrora a vida
Lhe retirou a visão
Mas o bom Deus colocou-lhe
Dois olhos no coração.
Alguém cujo "modus vivendi"
É por demais SURREAL
Surpreende a todos q o vêem
Por ter tão ALTO ASTRAL.
Tem a música no sangue
Pelo que noto e vejo
E adota como estilo
O segmento sertanejo.
Último 04 de abril
Foi o seu aniversário
Mas como caiu na 5a,
Alterou o calendário.
Quis comemorar no sábado
Por ser final de semana
Com residência lotada
Somente por gente bacana.
A resenha foi marcada
Por um fato inusitado
Porquanto seria ele
O grande homenageado.
Entretanto, preferiu
Num gesto tão despojado
Doar troféus e medalhas
A amigos convidados.
Cidadão, que no passado
No RÁDIO se destacou
Das emissoras locais,
Em diversas, trabalhou.
Com seu falar radiofônico
A voz ficou conhecida
Por certo, boas lembranças
Acompanham sua vida.
Na confraternização
Tendo seu lar por abrigo
Completou "79"
Rodeado de amigos.
De microfone na mão
E recebendo cumprimentos
Desde a parte da manhã
E entrando tarde a dentro.
Ví tantos beijos na face
Do nobre anfitrião
Ví calorosos abraços
E fortes apertos de mão.
Ví narrativas de histórias
Por ele tão bem contadas
Da sua época de Rádio
Programas de madrugada.
A entrega de medalhas
E troféus em boa hora
Foi em agradecimento
A quem lhe ajudou outrora.
Pessoa que age assim
É sempre assim, não tem jeito
Só ocorre com quem tem
Coração maior q o peito.
São resenhas desse tipo
Q mostram o quão importante
É se parar pra pensar
E mensurar cada instante.
A vida passa depressa
Quando vemos, já passou
E é tarde lamentar
Do que não se aproveitou.
Quem lá esteve presente
Beirava a 3a idade
Por certo, muitos de nós
Perto da caducidade.
Mas o crepúsculo da vida
Além da experiência
Nos leva a pedir a Deus
Pra nos livrar da demência.
E o homem de quem falo
É "manteiga derretida"
Q chora quando está diante
De coisas belas da vida.
É alguém que ao morrer
Irá direto pro céu
Primeiro, porém, chorará
Quando ouvir este CORDEL.
Falei nos milagres do santo
Sem ter falado do autor
Para quem não o conhece
Informo ao meu leitor.
O aniversariante
Vai aqui ser revelado
Ele é Clarindo Rodrigues
De Deus, UM ABENÇOADO!
(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.
Isso mesmo irmão Valdecy, a pior deficiência é a indisposição de vivenciar a vida. Talvez, a poesia não tenha recursos para comprar sapatos, mas a vida se torna difícil, quando caminhamos sem ela.
Parabéns poeta, mais uma vez seus cordéis com belas palavras para homenagear o aniversariante que conheci através do rádio.
Grande cordelista, belo trabalho.
"São coisas boas da vida, que se devem preservar." Flores, medalhas, troféus ou versos, em vida, no aqui, no agora. Sejamos felizes. A vida é vivida meu amado tio, a vida é vivida.
Para uma pessoa inigualável, homenagem fenomenal em versos! O Clarindo foi bem retratado! Parabéns, meu amigo!
Para uma pessoa inigualável, homenagem fenomenal em versos! O Clarindo foi bem retratado! Parabéns, meu amigo!
Parabéns meu tio. 8