Dizem que virei poeta

mas poeta eu não sou

sou juntador de palavras

e que sequer publicou.

Pode ser que lance um livro

mas sem qquer pretensão

só pra quem adquirir

guardar por recordação.

Será obra meio cara segundo m/ pensamentos

mas é pra matar a fome

nem q seja por momentos.

Custará uma cesta básica

pra quem o livro comprar

supondo que o ganhador

na hora vai se alegrar.

A quem for "montar" a cesta

faço recomendação

adquirir "tipo 1"

o arroz e o feijão.

Pois vale a pena doar

um "produto de primeira*

àquele que vai sentir

alegria passageira.

Voltando agora ao assunto

sobre ser ou não poeta

sem ter livro publicado

não tendo obra completa.

Mas em horas de lazer

se atreve a escrever

tentando espairecer

sua alma irrequieta.

Enquanto vou mergulhando

na poesia popular

palavras vou encontrando

pra em versos transformar.

E as rimas construídas

no mar do conhecimento

ao leitor são remetidas

pra seu entretenimento.

Ser poeta cordelista

não estava nos meus planos

mas dentre os que me lêem

tem gente me incentivando.

Por parte desses leitores

não mereço esse ganho

se eu for poeta de "quinta"

já está de bom tamanho.

Digo isso consciente

porque sou conhecedor

de q meu CORDEL modesto

não contém tanto valor.

Escrevo apenas por "hobby"

durante a pandemia

por simples diletantismo

preenchendo o dia a dia.

Ao leitor que se ocupa

em me ler frequentemente

a ele sou muito grato

por ser tão benevolente.

Pois talvez se abstem

de ler Drumond ou Machado

ou quando mais lhe convém

Zélia Gatai ou Amado.

Pros simples versos q faço

não quero o tempo tomar

de quem às vezes não tem

muito tempo pra gastar.

Pois é só um passatempo

ou até por alquimia

pra quem às vezes procura

sombra fresca e água fria.

Sobre aquilo que escrevo

espero do meu leitor

repassar a seus amigos

se achar que tem valor.

Mas se achar que não tem

não se faça de "rogado"

envie aos "inimigos"

e estamos conversados.

Sou lido por gente nobre

e por simples cidadão

gente que veio da roça

tal-qualmente este cristão.

Sempre que falo no assunto

eu indico a região:

Distrito de Jacilândia

de Jussara, longe não.

Escrevo com data do dia

pra ficar documentado

para quem ao pesquisar

se reportar ao passado.

Ir ao fundo do baú

buscando informação

sobre um fato ocorrido

e que não foi ficção.

Poeta é um ser sensível

que tem dó de todo mundo

se emociona facilmente

na fração de um segundo.

Contudo, há controvérsia,

em certas ocasiões

eis porque até Jesus

chicoteou "vendilhões".

Escrevo um poeminha

ao final de cada mês

não faço com + frequência

pra não cansar o freguês.

Mas estando meio a toa

havendo historinha boa

sempre que me dá "na teia"

eu escrevo dois ou três.

Faço tudo no capricho

em respeito ao meu leitor

que não deve se ocupar

com escritos sem valor.

E apesar de apenas ser

um sopro de escritor

se faço rimas cruzadas

considero um primor.

O poeta que escreve

sem buscar nenhum troféu

só quer beneficiar-se

de um dom que cai do céu.

Mas se um dia for lembrado

devido a versos seus

para si é o bastante

já é presente de Deus.

Aos que então me sugerem

a um livro editar

dedico minha atenção

depois de analisar.

Vejo que me aconselham

a colocar no papel

versos pra eternizar

os meus textos de CORDEL.

"Água mole em pedra dura

tanto bate até que fura"

faz parte da nossa cultura

esse tão velho ditado.

Pra atender aos amigos

este amigo se dobra

a todos então eu digo

vou editar essa obra.

Sendo assim MIL exemplares

talvez fosse boa meta

seriam MIL cestas básicas

(se faltar alguém completa).

Vamos que a moda pegue

e alguém pode copiar

é sempre bom ajudar

quando a fome aperta.

Acho que exagerei

no tamanho do poema

se hoje falei demais

foi porque gostei do tema.

BRINCANDO COM AS PALAVRAS

a algum lugar eu vou

já estou de malas prontas

até breve, meu leitor!