Quisera este poeta

falar apenas de amor

e não de assuntos tristes

que causam tanto amargor.

Quisera e, como quisera,

só falar de coisa amena

para, no final do texto,

dizer que valeu a pena.

Como eu desejaria

que meu leitor deleitasse

somente com boas novas

toda vez que eu falasse.

Mas, tal não ocorrerá,

é minha pura ilusão

dependeria que todos

tivessem bom coração.

Não quereria jamais

falar de coisa ruim

é algo que bem não faz

nem pro leitor, nem pra mim.

Mas, é 'baixo", não tem jeito,

temos que seguir em frente

logo, tendo que enfrentar

as ações de alguns dementes.

Pois, demente é o q não falta

neste mundo de meu Deus

vivendo a atormentar

os seus, e os dias meus.

E está virando moda

dizer que o réu é doente

se essa idéia pegar,

não há cristão que aguente.

Porque não tem réu doente

ante a prática do mal

doente é quem joga pedra

em vidraça, ou coisa igual.

Esse, sim, é um doente

precisa de tratamento

mas, quem tira a vida alheia

de ir a julgamento.

Outrossim, comete crime

e merece ir em "cana"

quem afeta o psicológico

de maneira desumana.

Ao se provocar na vítima

profunda marca e sequela

nem mesmo o passar dos anos

apaga o estigma dela.

Eis que acaba de ocorrer

algo que se abomina

profissional da saúde

usou mal a medicina.

Um médico anestesista

surpreendeu o Brasil

estuprando paciente

em hospital lá no Rio.

Na Baixada Fluminense

em São João do Meriti

quando a "bomba" estourou

causou grande ti-ti-ti.

De nome Giovanni Quintella

o citado anestesista

pode até ser comparado

com um médico paulista.

"Duzentos, setenta e oito"

é o tempo de condenação

de um estuprador em série

vergonha desta Nação.

Roger Abdelmassih

é o nome do ancião

um réu que irá por certo

apodrecer na prisão.

A reprodução humana

foi a especialidade

desse médico que por anos

conquistou notoriedade.

A sua matéria-prima

era o corpo da mulher

que ele manipulava

explorando a boa-fé.

A bola da vez atual

é o médico anestesista

tão novo na profissão

mas "sujo" a perder de vista.

Pois, a partir de agora

pelo andar da carruagem

vai perder o seu registro

pque fez grande bobagem.

Até porque revelou-se

tremendo cara de pau

agindo como TARADO

dentro de um hospital.

Estuprava pacientes

q se encontravam sedadas,

na presença de colegas,

sem q ninguém visse nada.

Sedação feita por ele

como parte do seu jogo

algo tão inadmissível,

que parece ser engodo.

Porém, imagens não mentem

dizem tudo por si só

Dr. Giovanni Quintella

foi parar no xilindró.

É possível que o "Mestre"

do "Discípulo" teve inveja

pelo Modus Operandi

a partir de estratégia.

Com efeito, o aprendiz

que jamais será benquisto

estuprava pacientes

de um modo nunca visto.

Ficou bastante evidente

a tara de um tarado

talvez pela adrenalina

de não ser observado.

Uma vez que seus colegas

trabalhando bem ao lado

jamais imaginariam

o quanto ele era "folgado".

Na boca da paciente

punha seu membro viril

comportamento abjeto

de tão infame ardil.

Abusou de vulneráveis

tal qual Abdelmassih

já falei dos dois canalhas,

já posso parar por aqui!

(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.