O corpo da jovem Daniela Souza Serra, desaparecida há sete dias, foi encontrado já em estado adiantado de decomposição, jogado às margens da GO-324, cerca de 10 quilômetros seguindo de Jussara a Novo Brasil, próximo à ponte sobre o Córrego que corta a rodovia neste local, 30/07.
O corpo foi encontrado por duas primas de Daniela que desde ontem se embrenhavam pela mata e margens de rodovias, “com um facão na mão para abrir passagem”, conforme disse uma delas. No começo da tarde do sábado, 30/07, uma mensagem no celular dava “dica” de que o corpo poderia ser encontrado às margens da G0-324, mas sem maiores detalhes. As duas primas seguiram então com as buscas margeando a rodovia até Fazenda Nova, no retorno encontraram o corpo a poucos metros da ponte, levando a informação à Polícia Militar no 32º BPM-GO.
A Polícia Civil, a Polícia Cientifica e a Polícia Militar realizaram os procedimentos necessários para perícia do local, e retirada do corpo pelo IML. A família vai velar o corpo, mas não definiu ainda o horário nem o local.
ENTENDA O CASO
Daniela tinha 28 anos, solteira, mãe de dois filhos, um de 8 e outro de 2 anos, moradora de Jussara, cidade que fica no Vale do Araguaia a 220 km de Goiânia, encontrava-se desaparecida desde a noite de sábado, 23/07.
Daniela morava com a mãe, saiu de casa no sábado, 23/07, por volta de 15:00 horas informando que iria “fazer as sobrancelhas”, desde então não retornou mais ao lar.
Mas Daniela foi vista por amigos com os quais saíram, pela última vez ainda na noite do mesmo dia em uma jantinha no Setor Sonho Dourado em Jussara, local que costumava frequentar.
De acordo com informações, o celular de Daniela foi deixado para trás em cima da mesa em que estava junto com amigos quando deixou o local. Ninguém sabe informar o destino que ela tomou. Amigas informaram à sua mãe que permaneceram no local aguardando pelo seu retorno até 01:00 hora do domingo, 24/07, quando o estabelecimento em que estavam encerrou suas atividades do dia.
A ocorrência do sumiço de Daniela foi registrada na Delegacia da Polícia Civil de Jussara que segue investigando o caso.
A família, em desespero, realizava buscas por informações nos locais frequentados por Daniela. Uma tia informou que familiares “procuravam o corpo até mesmo no mato”, desesperados temendo por seu assassinato.
Já sem esperança de encontrar a filha com vida, a mãe dona Clarice Antonia da Serra, explicou que a filha às vezes saía de casa por mais de um dia, “mas sempre foi possível saber notícias pelo celular ou por meio de amigos acerca do seu paradeiro”, disse acrescentando que “ela nunca sumiu assim, sem notícia nenhuma”. “Peço ajuda das autoridades ou de quem tiver notícias, nem que seja uma dica de onde a gente possa encontrar o corpo para poder dar a ela pelo menos um sepultamento digno”, clamava a mãe aos prantos ao dizer “sentir que a filha não está mais viva”.