Aos 75 anos
que há dias completei
eu juro que não sabia
mas digo que agora sei.
"É vivendo e aprendendo"
bem assim diz o ditado
sendo que a partir de agora
tenho novo aprendizado.
Eu tenho um grande amigo
que reside em Cuiabá
Renato Braga é o nome
eu não canso de falar.
Eis que a música nos uniu
desde o início da Covid
laço forte e inquebrável
que disso, ninguém duvide.
Ontem à noite ele me disse
quando lhe telefonei
falando de um velório
e, de pronto, lamentei.
Os amigos reunidos
velavam à longa distância
aquele que tinha "ido"
amizade de infância.
A cidade de Mineiros
no Sudoeste Goiano
é onde ocorre o velório
do qual estou lamentando.
Não conheci quem se "foi"
mas penso ser boa gente
pelo que fiquei sabendo,
morreu em um acidente.
Acidente é coisa séria
é perigo iminente
que faz nos manter alertas
quase que constantemente.
Eis que num piscar de olhos
tudo pode acontecer
"levando" entes queridos
e nos fazendo sofrer.
Enquanto faço estes versos
deve ainda estar no caixão
se o horário do enterro
não me foi passado não.
"Eu só sei que nada sei"
sobre esse particular
Renato Braga não disse
hora que vai enterrar.
Só disse ser um amigo
companheiro de modão
desses que cantam bonito
alegrando coração.
Na capital cuiabana
tinham grande relação
devido ser muito longe,
distantes, ficaram então.
Como a música une a gente,
me ponho a imaginar!
Foi Deus quem deu de presente
para jamais acabar.
Afaga a nossa alma
com momentos de ternura
nos faz viajar no tempo
sentimento de brandura.
Tudo me faz concluir
que quando eu "viajar"
o meu amigo Renato
por certo não me verá.
Dada a longa distância
de Goiânia a Cuiabá,
dito VELÓRIO SIMBÓLICO
com certeza ocorrerá.
Mas digo a meus leitores
que não tenho pressa disso
Já disse à "Sra. Morte"
q não quero compromisso.
Tenho muito a realizar
conforme dizem meus planos
que ela venha me buscar
só daqui a 20 anos.
Até lá teria eu
cerca de "95"
chegando a quase 100 anos
é verdade, eu não brinco.
Seria tempo demais
pra um pobre pecador
que ao escrever CORDEL
se tornou um escritor.
Escritorzinho de "quinta"
diria eu sem modéstia
disposto a fazer "FINTA"
pra enfrentar grave moléstia.
Moléstia que pede à "Morte"
um pouco mais preservar
quem no "Poente da Vida"
se dignou POETAR!
(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.
parabéns poeta excelente!!!
Parabéns por mais essa obra!
Parabéns, Valdecy. Tem de sobra é muito talento.
🙏🙏🙏
Parabéns ao meu querido amigo poeta, mais uma vez arrasou em seus versos e rimas, que continue a nós alegrar por muitos e muitos anos.
Parabéns Valdecy, vc é um grande poeta. Doutor das letras. Tenho orgulho de ser sua amiga e colega de profissão. ❤️❤️❤️
Valdecy, o Ariano Suassuna diz que no nordeste, o nome da morte é Caetana, apelido dado pras quengas de lá. Precisamos dum apelido pra morte do centro-oeste! Enquanto isso, vamos lendo poemas e ouvindo as modas mais lindas do nosso tempo, até virarmos somente saudade!
Poeta Valdecy Borges Parabéns pelos seus sempre lindos versos, poeta de primeira!
Meu tio poeta, na verdade és um escritor dos grandes e de primeira mesmo, de quinta jamais!!! Sei q se trata da sua modéstia mas sabes o quanto és talentoso. O que o senhor tem de bondade e humildade o senhor tem também de talento.
Maravilhoso Parabéns, muito sábio
É poeta, você não um escritorzinho de quinta, você e escritorzâo de Segunda a Segunda.
pois é, meu amigo. mas com fé em DEUS, você escreverá ainda, muitas poesias, com as quais, fazem a gente viajar nas estradas da poesia.