No passado fui político

E usava um caminhão

Que me dava bom suporte

Pra ajudar o povão.

Mas, povão no bom sentido

Pois povão eu também sou

O certo é que o meu trabalho

Conquista o eleitor.

Já naquela ocasião

Usava a veia poética

Com Platão e Aristóteles

Em "perfeita dialética".

Pra quem se fez candidato

No ano de "82"

Após anistia política,

Era "feijão com arroz".

E me valí de um "gancho"

Com a mídia em evidência

Criticando um grande "rombo"

Havido na Previdência.

Pois com isso, não deu outra

Botei "meu bloco na rua"

Escrevendo no veículo

A verdade nua e crua.

"Com a ajuda do povo

Vou roçar os matagais

Também vou tapar buracos

Pra mostrar que sou capaz,

Só não prometo tapar

O buraco da Previdência

Porque é grande demais.

...O político que pretende

Ter nome e tradição

Tem que ser trabalhador

E até fazer mutirão

Pra vereador em Goiânia

VOTE em Valdecy Borges

O homem do caminhão".

E veja, caro leitor

Que o mundo é mesmo pequeno

Na semana que passou

Me vi feliz e sereno.

Conheci um cidadão

A quem contei minha história

E ao falar no caminhão

Ele se lembrou NA HORA.

Rolou forte emoção

Com a gente quase tremendo

Como se os dois duvidassem

Do que estava acontecendo.

De tanta satisfação

Não caibo em mim de contente

Em ter esse novo amigo

Pra mostrar à minha gente.

Pra esse fim de semana

Sábado dia 25

Eu estou lhe convidando

Com empenho e com afinco.

Então, gostaria que fosse

Com sua distinta senhora

Para estarem comigo

Em TOCATA de viola.

Caso aceitem o convite

Vão me fazer muito honrado

E vou lhes apresentar

Como nobres convidados.

É importante que cheguem

Antes de dar 20:00hs

E que lá não compareçam

Pensando em ir embora.

Se há um certo rigor

Nessa questão de horário

É porque ocorrerá

Festinha de aniversário.

Cantaremos parabéns

Para quem na 5a-feira

Vai completar simplesmente

"Noventa e cinco janeiros".

Será na Cidade Jardim

Mando localização

Na casa da Luzeni

Gente de bom coração.

Por certo, lá ouvirão

(E espero que achem bom)

O toque de violão, viola e acordeon.

Também é preparação

Pra um evento marcado

Para o qual peço a Deus

O faça ABENÇOADO.

Pois estamos de viagem

Ao Mato Grosso de Sul

Pra conhecer Campo Grande

Em dias de céu azul.

De ser um passeio épico

Tenho idéia concebida

De tão empolgado que estou

Vejo imagens colocadas.

Será homenagem póstuma

A um amigo e cantor

Que há pouco "foi morar"

Com Cristo Nosso Senhor.

Antônio Rodrigues Queiroz

Foi seu nome de batismo

Mas era o grande CASTELO

Sem o menor casuismo.

Cantava e encantava

Com uma voz dada por Deus

Por isso sua "partida"

Chocou os amigos seus.

No ano passado esteve

Na cidade de Coxim

Onde foi recepcionar

Meus amigos e a mim.

Expedição Cultural

Àquele torrão fizemos

Por tão boa acolhida

Nunca mais o esquecermos.

Conhecer o Pé de Cedro

Foi quem nos levou até lá

Assim, homenageando

Zacarias e Goiá.

Árvore que deu nome à música

Desses dois gênios de outrora

Canção por demais cantada

Todo dia, toda hora.

Não esqueçamos, porém,

Do Sul do nosso país

Tragédia climática e histórica

Com tanta gente infeliz.

Me lembro de um CÃO ilhado

Sentado sobre um muro

Com olhar desfalecido

Morrer, era o seu futuro.

Mas por um lance de sorte

Foi salvo por voluntários

Recolhido em um banco

Levado a veterinários.

Volta e meia vem me à mente

O cavalo CARAMELO

Que bom se o dono tivesse

Um CAMARO AMARELO.

Mas como falar no dono

Diante do fato ocorrido

Por certo as águas levaram

Pra rumos desconhecidos.

Ficou pra trás o equino

Que subiu em um telhado

Por cerca de 4 dias

Completamente ilhado.

A telha "3,66"

Suportou enorme peso

Para min, foi um milagre

A animal sair ileso.

Eis que protagonizaram

Bombeiros tão dedicados

Cena cinematográfica

Num lance tão arriscado.

Percebo ter divagado

Note, meu nobre leitor

Construindo 4 estrofes

Deste modesto labor.

E agora volto ao assunto

Que antes vinha falando

Sobre a ida a Campo Grande

Que muito vem me empolgando.

Outra vez peço ao céu

Proteger nossa viagem

Trazendo de Campo Grande

Coisas boas na bagagem.

Enfim, tá chegando a hora

Da aguardada partida

Algo que vai nos marcar

Pro resto de nossas vidas!

(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.