Das profissões existentes
No contexto social
Escolher carreira médica
É louvável, afinal.
Eleger a medicina
Pra servir o cidadão
É visar o ser humano
Sem priorizar sifrão ($).
No triângulo mineiro
Cidade de Araguari
Residiu uma família
Que vou descrever aqui.
Clã de classe média baixa
Como é a maioria
Mas, tendo um pai preocupado
Com o pão de cada dia.
Sr. Tasso Luiz Costa
E Esperança da Cunha
Casal chefe dessa "tribo"
Nomes próprios, sem alcunha.
(Misturar Cunha e alcunha
Devo aqui esclarecer
Empobrece a minha rima
Tenho que reconhecer...
...Esse negócio de rima
É algo meio custoso
Eu até sofro com isso
Por querer ser primoroso.
Em cada frase que escrevo
Sete sílabas, normalmente
Com isso, acabo fazendo
Cordel meio diferente...
...Quando saio do padrão
Invoco a licença poética
Afora isso, eu quero
Manter sempre a estética.
Quisera eu ser cordelista
Qual colegas do Nordeste
Sobretudo os repentistas
Legítimos "cabras da peste"...
... Mas, meu cordel diferente
Não é pra "aparecer"
Sou um "poeta de "5a
Não me canso de dizer.
Sou escritor meia-boca
Sem ter livro publicado
"NOTÍCIAS DO ARAGUAIA"
É quem me faz divulgado).
Porém, volto ao assunto
Que havia iniciado
Pedindo desculpa ao leitor
Por aqui ter divagado.
O texto fala de um jovem
Que desde a tenra idade
Jurava que no futuro
Cursaria faculdade.
É dito no popular
"Filho cresce e bate asa"
Sendo normal aceitar
Quando alguém sai de casa.
Colégio REGINA PAZ
Na cidade prefalada
Por tempo a sumir de vista
Foi escola afamada.
Depois de nela estudar
Era comum ir embora
E então experimentar
O que o mundo tem lá fora.
Foi assim que sucedeu
Com os filhos do casal
Deixando a casa paterna
Em busca de um ideal.
Um deles que tinha o nome
De Luiz Carlos da Costa
Se mudou pra Uberlândia
Onde viu boa proposta.
Trabalhou no escritório
De uma importante empresa
Mas estudar medicina
Já tinha toda certeza.
O ano era "57"
Que aqui deixo informado
E Araguari não tinha
O curso idealizado.
Inicia aí a saga
De um mineiro de raça
Com uma determinação
Difícil de ver na praça.
Pediu licença ao patrão
De modo cortez e franco
Deixando o escritório
Pra ir trabalhar em banco.
Após o primeiro ano
Na condição de bancário
Mudar pro Rio de Janeiro
Foi seu segundo ideário.
Conseguiu a transferência
Pra cidade carioca
(Lugar de tantas belezas
mas já com suas "malocas").
Começou fazer cursinho
Pra prestar vestibular
Mas o trabalho no banco
Dificultava estudar.
Após dois anos seguidos
Nessa luta incessante
O "nosso vestibulando"
Teve uma ideia brilhante.
Do banco em que trabalhava
Ele pediu demissão
Pois, disposto se encontrava
A ter um novo patrão.
"Mineiro não perde o trem"
É ditado conhecido
Várias vezes no "vestiba"
O deixava aborrecido.
Mas o dono do cursinho
Vendo nele um "esforçado"
Lhe deu trabalho na escola
Fazendo empregos trocados.
Uma vez fora do banco
Pôde então estudar mais
Queria formar-se médico
E mudar-se pra Goiás.
"Faturou" vestibular
Na temporada seguinte
E daí a cinco anos
Era aluno concluinte.
Se formar em medicina
Na UFRJ
É um sonho de consumo
Que a todo estudante importa.
Saudosa "Praia Vermelha"
Reduto de grande saber
Dá-lhe sonho de menino
Pra fazer acontecer.
O doutor recém-formado
Teve ideia concebida
De radicar-se em Goiânia
Pro resto de sua vida.
Como ANESTESIOLOGISTA
Se destacou largamente
Desde então na SANTA CASA
Onde mais se faz presente.
Durante a faculdade
Não esqueceu dos irmãos
Sendo eles dois casais
Aos quais estendeu a mão.
Ao curso superior
Todos tiveram acesso
Família humilde e pobre
Porém, de muito sucesso.
Hoje está se dedicando
Mais à função pulmonar
Ativo, no consultório
Pra quem dele precisar.
É profissional antigo
Na especialidade
Portanto, bem conhecido
Em toda a nossa cidade.
O plenário da ALEGO
A exato um mês atrás
Prestou justa homenagem
E merecida demais.
Médicos Erikson Alcântara
E Luiz Carlos da Costa
Dupla de idoso e jovem
Com proposta e resposta.
Enfim, fisioterapeuta
Também pneumologista
Devidamente aplaudidos
Por suas nobres conquistas.
Aos dois homenageados
Neste final, eu diria:
Sejam muito abençoados
Até o fim dos seus dias!
(*) Valdecy Borges é jornalista e advogado (UFG), filho de Arnaldo Fernandes e de dona Jacy Borges, fundadores do distrito de Jacilândia no município de Itapirapuã. Valdecy nasceu em Bonfinópolis-GO em 1948, morou em Itauçu, mudou-se para Jussara em 1955. Atualmente reside em Goiânia.
Irmão Valdecy, fiquei contente por ter conhecido um pouco sobre a história destes nobres profissionais por meio de seus versos, que torna a leitura agradável.
um grade poeta ,parabéns amigo abraço
Muito bom os versos
Valeu, nobre amigo Valdecy, pela história familiar bem narrada. E você é um poeta de primeira categoria, os seus versos prendem a gente e a respectiva leitura torna-se satisfatória. Grande abraço e fique na paz de Deus, meu amigo.
Parabéns meu tio...