Uma fotografia conta uma história, retrata uma vida e pode marcar gerações. A foto é o registro de memórias, o guardado de um fato levado aos olhos da posteridade, despertando sentimentos saudosistas, elucidando em imagem relatos contados por gerações.
Alimentador de todo tipo de conversas, comentários e discussões, o futebol é a paixão do povo, arrasta multidões, inspira histórias e relatos heroicos, dele surgem lendas, une e reúne povos e nações, tem até um Rei que é brasileiro.
Apegado ao futebol, este esporte que nasce já na infância, pois os meninos ganham bola de presente pelo pai, e pela mãe também, da década de setenta até pouco tempo, crescemos ouvindo relatos da fama e força do Gato Preto, o time de futebol que aterrorizou os adversários na região circunvizinha de Itapirapuã, ganhava tudo, bateu todos os times que enfrentava.
Mas uma foto histórica do time do Gato Preto, nos enviada pelo ex-prefeito Paulo César de Oliveira Cruz, (administrou Itapirapuã no mandato de 1973/1976), retrata o time tão falado por gerações na cidade e região.
Na foto, o Gato Preto. De pé: Norival do Anjo, Elias e Mundinho(irmãos), Onofrão, Calango, Miranda, Miltão da Patrola ,Ademar da Lajinha, Donca e Agnelo.
Agachados: Rubens Souza, Celso da Emília, Ademar Severino, Gordo do Mineirão, Lindolfinho, Bim, Paulo César e Emival do Anjo. Esse time tinha outros craques, inclusive o Zezé, pai do Júlio César Imperador da Gávea, e ainda Adeluz, Zé Cerá, Cobra, além de outros.
“Não tinha técnico, tinha titulares e aspirantes, em comum acordo o time auto se escalava. Teve jogador nosso que jogou no Atlético de Goiânia, em seguida foi contratado pelo Paraná Clube de Curitiba, era o Poy, irmão do saudoso Adalberto dentista”.
Paulo César foi jogador do Gato Preto, lembra que esse Gato Preto desafiava o Tupy de Jussara, o União e o Mariano da cidade de Goiás, o Itaberai, o Nerópolis. “Joguei vários jogos contra os grandes, e contra todas as cidades pequenas na região”.
O ex-prefeito Paulo César lembra que naquela época “quem bancava time eram os próprios jogadores, pagava uma lavadeira de camisas e resto do uniforme, cada um tinha o seu”, também explica que “as viagens eram feita de caminhão, o Chico Lourenço (dono do Armazém Progresso) sempre nos levava”, relembrando como era o transporte dos jogadores para os jogos em outras cidades.
“Naquele tempo os anfitriões pagavam o almoço”. Paulo César lembra que quando o jogo era em Itapirapuã as despesas do almoço era bancada por meio de “vaquinha” entre os jogadores.
O Gato Preto marcou história no futebol em Itapirapuã e região, mas até quando manteve essa liderança? Paulo César diz se lembrar dessa equipe nos anos 60, depois foi dividida em duas. A equipe titular continuou Gato Preto e o aspirante, Itapira Futebol Clube, teve o apelido de "Encrenca".
“Depois não lembro bem, mas em 1972 na nossa eleição já não era o Gato Preto, mudou tudo. o Donca já incentivava um time. Já na década de 70 o Diozinho ajudou muito e o Agnelo foi importantíssimo para o nosso esporte”, recorda Paulo César.
O Gato Preto marcou o capítulo mais longo e marcante na história do futebol itapirapuense, e da cidade também. Prova disso é que em 2017 renasceu com a denominação Tapira Futebol Clube, o Gato Preto do Centro Oeste Goiano, com boas participações em campeonatos regionais.
Tapira F. C. - O Gato Preto do Centro Oeste Goiano renascido em 2017.
Outra formação do GATO PRETO de Itapirapuã (Mais antiga, também da década de 1960).
Só uma correção este ao lado do Mundinho , que se trata do meu saudoso Pai , e o meu tio Adilsom Rafael irmão dele .. Lembro de varias historias que meu finado pai me contava desse time que ele jogava .. foram muitas vitorias e muitas aventuras tbm.. hoje so resta a lembrança e a saudade .. Parabens por resgatar essa preciosidade do nosso estado de Goias em especial a cidade de ITAPIRAPUA.. ABRAÇO
Lembro dessa época do time. Teve uma época que o Paulo Cesar era goleiro.Me lembro de um jogo que fui com meu pai, Moisés, e um jogador saltou para cabecear uma bola e ao cair, como não se levantava, viram que tinha morrido. Teve um colapso cardíaco. O pessoal comentou que ele teria mal de Chagas.